Dias atrás, investigado por envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais na mesma operação policial que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra, o cantor sertanejo Gusttavo Lima viu a Justiça bloquear R$ 20 milhões e decretar o sequestro de imóveis e embarcações em nome de sua empresa, a Balada Eventos e Produções.
Segundo o portal ICL Notícias, fora do foco dessa investigação, porém, há outra fatia importante da renda de Gusttavo Lima que tem origem em uma prática bastante questionável.
Levantamento exclusivo feito pelo ICL Notícias revela que só em 2024 o artista faturou R$ 12,3 milhões em onze shows pagos por prefeituras, na maioria cidades pequenas e médias. Para isso os prefeitos usam boa parte do orçamento municipal, algo que pode comprometer outras iniciativas culturais e até o serviço em áreas como saúde e educação.
Na lista há cidades pequenas como Mara Rosa, em Goiás, que tem apenas 10 mil habitantes. No dia 23 de maio, o rei do tchê-tchê-re-re-tchê-tchê foi contratado para show na localidade por um cachê de R 1,1 milhão, o equivalente a 10,35% do orçamento municipal para a área de cultura no ano (R$ 10.629.800,00) e 1,31% do total da verba anual disponível para todas as secretarias (R$ 83.874.936,00). A publicação conta que dividido o valor do cachê pela população, o resultado é um custo de R$ 102,80 por cada morador de Mara Rosa.
No município de Campo Verde, em Mato Grosso, Gusttavo Lima fechou no início de julho um contrato para se apresentar pelo mesmo cachê estratosférico de R$ 1,1 milhão. Nesse caso, o gasto do município com o cantor sertanejo equivale a metade do orçamento municipal para a cultura em 2024, mais precisamente 52,78% . Ou R$ 24,67 por cada um dos 44 mil habitantes.
Fonte: OFuxico